sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Doação de Órgãos é o tema do Argumentos


Doação de Órgãos. Este será o tema discutido no Programa ARGUMENTOS deste final de semana. E para falar sobre o assunto foi convidado o mais antigo transplantado do sul do Brasil, João Carlos Cechela, transplantado cardíaco há 19 anos, e os membros da Comissão Intra-Hospitalar de Captação de Órgãos e Tecidos do HUSM, o psicólogo Salvador Penteado, e a enfermeira chefe da CTI, Cíntia Lovato Flores.
Os convidados falaram da importância das famílias falarem em casa sobre o assunto. “Quem decide é o doador em vida. Porém, quem irá dar a palavra final é a família. Portanto é importante o diálogo”, afirma João. A enfermeira Cíntia Lovato Flores, completa que “quando a família já sabe da vontade de seu ente querido o processo de doação é bem mais fácil”.
“Não estamos trabalhando com morte, mas com a possibilidade de vida daqueles que irão receber os órgãos”, ressaltou o psicólogo Salvador Penteado.
Durante o programa, João Cechela lembrou que a falta de doadores se deve à falta de informação e ao preconceito. “Culturalmente, o símbolo da vida é o coração. E quando ocorre a morte cerebral e o coração continua batendo, as famílias ficam esperançosas na reversão no quadro. O problema da doação de órgãos é a falta de informação”.
Quanto à doação, Cíntia diz que qualquer pessoa pode ser doadora. Mas, a partir do momento em que é constatado o óbito, são realizados vários exames para a verificação das condições de cada órgão para que a doação seja efetuada. “Graças à doação de órgãos, o João que está aqui conosco, pôde acompanhar o crescimento de seus filhos e continuar sua vida de forma normal”, observa Salvador.

Texto e foto: Daiane Köhler

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

TV Câmara debate a maioridade penal




A cada crime de repercussão envolvendo menores de idade, a discussão sobre a redução da maioridade penal vem à tona. Para debater o assunto com mais profundidade, o programa Argumentos deste final de semana convidou dois advogados com opiniões diferentes para falar sobre este polêmico assunto.
O presidente da OAB Subseção Santa Maria, Ricardo Jobim, e o advogado Daniel Tonetto se posicionaram, respectivamente, a favor e contra a redução da maioridade. “Há adolescentes que roubaram, mataram, estupraram e não foram condenados. Sofreram apenas penalidades leves”, argumenta Daniel. Para Ricardo Jobim, talvez o debate não seja reduzir a maioridade penal mas sim o que fazer com jovens infratores. “Se for se pensar em redução da maioridade penal para 16 anos, temos que pensar outras coisas também. Como a carteira de motorista que deveria ser concedida mais cedo. E o álcool da mesma forma. Então pensamos em todas estas responsabilidades em uma idade e fase de rebeldia. Não seria a forma mais coerente de resolver”, contrapõe Jobim.
Conforme Daniel Tonetto, no Brasil, quase todas as mudanças são realizadas sem estudos ou pesquisas que possibilitem a melhor eficácia das medidas. “Tanto na FASE como nos presídios, a reclusão social é inadequada e o Governo não dá sustentação para que a reabilitação seja efetiva” diz Daniel. “Não é que sou totalmente contra a redução da maioridade penal. Ela traz benefícios, porém serão bem mais malefícios”, conclui Jobim.
Porém, em um ponto os dois concordaram. Medidas concretas que resultem em reabilitação social de jovens infratores são essenciais e urgentes.

O Argumentos vai ao ar neste final de semana, no sábado, dia 25, a partir das 14h, com reprise no domingo à tarde.

Texto: Daiane Köhler e Silvana Dalmaso
Fotos: Daiane Köhler

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Arte de rua é tema do Argumentos


Arte de rua. Este é o tema do programa Argumentos que vai ao ar neste final de semana, dias 18 e 19 de outubro. A artista de rua, Fernanda de Carvalho, e o artista visual, Régis Santos, discutiram as diferenças entre grafite e a pichação, a história e as técnicas desta arte. “O grafite evoluiu da pichação. Podemos dizer que a arte de pichar começou com as formas rupestres”, esclarece Fernanda. Conforme Régis, a pichação tem a característica de ser transgressora. “A pichação surgiu no Brasil como uma forma de protesto. E hoje, o artista que é pichador, preocupa-se com a textura da parede, com a técnica e com as tintas que ele vai usar”.

Grafite x Pichação

Régis afirma que a diferença se encontra na forma em que se utiliza a arte. “O grafite possui mais preocupação com a estética e com a cor”, completa. Quanto à pichação e sua associação com o vandalismo, Fernanda argumenta: “A sociedade designa a pichação como dano ao patrimônio público ou privado. Porém, há outros tipos de danos como cartazes de shows e eventos, por exemplo. Também são maneiras de transgressões, além de sujar a cidade”.
Fernanda ainda fala que Santa Maria não sabe o que é essa realidade, pois não vive a pichação. “Em outros locais como Caxias, Curitiba e São Paulo a pichação é um movimento muito forte”.
Régis ressalta também que na cidade ocorreu o processo inverso. Enquanto em outros locais, primeiro surgiu a pichação e depois o grafite, em Santa Maria o grafite veio antes e agora é possível perceber a pichação.

Os Crews

Os grupos de amigos que saem para pintar juntos são chamados de Crews. Os convidados relatam que em Santa Maria, ao contrário do que ocorre em outras cidades, não há divisão ou rivalidades entre os Crews.
A troca de experiências, a cumplicidade e as afinidades de desenhar são elementos de identificação entre os membros dos grupos. “Há muito respeito entre todos. Ninguém picha sobre um desenho já feito”, observa Fernanda.
Em um ponto todos concordam: o grafite é uma arte de rua que transmite um contexto urbano.
Texto e foto: Daiane Köhler

terça-feira, 14 de outubro de 2008

TV recebe equipamentos novos


Na última sexta-feira, dia 10, a TV Câmara recebeu novos equipamentos que vão melhorar a qualidade dos serviços realizados pela TV Câmara, principalmente a edição. A TV estava sem gerador de caracteres desde o início do ano. Neste mês recebeu um moderno gerador tipo CG5.

Outro equipamento importante recebido pela TV foi a mesa de corte digital Kayak DD1. A TV operava com a mesma mesa desde 1998 e esta vinha apresentando vários problemas na hora de fazer os cortes.

Estes equipamentos preparam a TV Câmara para a era digital, principalmente se a TV conseguir ser transmitida em Canal Aberto. A solicitação para transmissão em canal aberto já foi encaminhada.

Os novos equipamentos são uma grande conquista da TV e da Câmara de Vereadores que poderão oferecer um serviço público com mais qualidade para a comunidade.
Parabéns à equipe da TV que há anos luta para conseguir estes equipamentos. E um agradecimento especial à Mesa Diretora 2008 e ao Presidente Vilmar Galvão que permitiu que isso fosse possível.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Problemas técnicos tiram programação do ar


Um problema técnico no DVD impossibilitou os telespectadores de assistirem à programação da TV Câmara no final de semana, dias 05 e 06 de outubro. Por causa disso, o programa Argumentos que discutiu violência urbana vai ao ar neste final de semana, dias 11 e 12 de outubro.


E para falar sobre violência urbana foram convidados o subcomandante do 1º Regimento da Brigada Militar de Santa Maria, Major Worney Delani Mendonça, o psicólogo cognitivo comportamental, Carlos Eduardo Seixas, e o cobrador de transporte coletivo, vítima de assalto recentemente, Moisés Cardoso.
As causas, perfil da vítima e do agressor e possíveis caminhos para a solução serão alguns dos pontos discutidos. Para o Major Worney Mendonça, as pessoas esperam que o Estado corresponda aos seus anseios, afinal, o Estado é o responsável pela saúde, educação e segurança. No entanto, na opinião do militar, as instituições estão desestruturadas. “Durante todo o período que estou na Brigada, 27 anos, nunca vi tanta aclamação como agora por parte da sociedade por mais segurança”.


O psicólogo Carlos Eduardo Seixas afirma que no caso da violência urbana, não há como preparar as pessoas para o imprevisto. “A mercantilização acaba nos tornando objetos. A cultura de consumo acarreta na busca desenfreada por bens". Conforme Seixas, as pessoas podem passar anos sem ter uma oportunidade, sem conseguirem o que almejam e isso pode ser uma causa do aumento da violência. "Aqui na mesa, todos têm seus respectivos empregos. Mas se nós não tivéssemos esta oportunidade, quem nos garante como estaríamos reagindo?”
O cobrador de ônibus, Moiséis Cardoso, relatou o assaltou que sofreu recentemente. “Nos primeiros dias, fiquei bem abalado. Mas depois a gente tem que seguir a vida. Espero que não se torne algo rotineiro”. Para Cardoso, o combate à violência passa pela estruturação da família. “A estruturação da família é primordial para reverter a realidade em que vivemos”.




Tenha ARGUMENTOS no seu final de semana!

Todos os sábados, a partir das 14 horas, com reprise no domingo.